terça-feira, 29 de março de 2011

Momentos

Sim, tem momentos da vida que sigo só pela fé. Cega, confiando em algo maior e sem segurar no corrimão. Escada abaixo, sentindo o peso como se fosse ladeira acima. Tudo parece acontecer ao mesmo tempo em uma avalanche de sentimentos e acontecimentos.
Eis que uma força surreal surge. Se é que surge mesmo. Alguns devaneios, vontade de surtar, palavras desencontradas, bipolaridade, frases soltas. Busca em autores, livros, escritos, poemas, versos. Busca na prosa, na poesia. De alegria.

Momentos de desesperança, de alma cansada, de corpo entregue. De um desacreditar como se fosse natural desistir do que acreditei até aqui. 

Tem momentos que só pelas palavras vivo e por Deus respiro. Por fé. Um acreditar maior, que todos os acasos desajustados estão nos preparando pra um bem maior lá na frente, e todos os obstáculos vão nos amadurecer mas nunca nos esmorecer.
Tem momentos que parece que não vivo, não respiro, não sinto. Não sou. Não sei. Só pela fé sigo.

Busco encontrar alento e força e reacender a esperança. Por meio de experiências, novidades, novas crenças. Por meio de mim mesma e dos meus mecanisnos de reinvenção.
Tem momentos em que falta o vento. Pra mudar a direção, tirar da vida quem sobra, trazer quem falta. Levar a maldade e aproximar o bem. Tem momentos ausentes de entendimento. Ainda bem que são só momentos.


.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Escrever, eu tento

Todos os dias penso em escrever. Atropelada por textos, ideias, sentimentos e palavras desisto. Construo um texto mental. As palavras brincam na mente e começo com a primeira frase, sobre infinitos assuntos. E em seguida mudo o pensamento. Pra alguma resolução do momento, sei lá, qualquer coisa que me tire a atenção do 'desespero' de criar um texto. Com contexto, sentido e quem sabe até rima. Prosa. Poesia.
Exigente que sou comigo mesma logo que escrevo deleto. Na mente. Arquivo primeiras frases com uma infinidade de títulos. Busco me encontrar nas palavras. Me sentir e ouvir. Busco explicação praquilo que não tem sentido. Pra algo dentro de mim que insiste em perturbar. Gritar. Se aquietar. Busco escapar do que sinto pelas palavras. Busco me encontrar com o que sinto por meio delas.

Sobre escrever. Sempre tento e nunca consigo dizer.

...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pelo exercício da escrita, retomo. ...

Já sabia que seria um projeto audacioso me propor a escrever todos os dias. Mas era uma tentativa, e só sabemos o que pode dar certo ou não quando tentamos. Não errei em desistir, acho que teria errado em não tentar. Descobri que ainda não estou preparada, e que mesmo adorando escrever a tarefa não é fácil. 

Tem dias que tem assunto mas não tem inspiração. 
Tem dias que tem assunto e inspiração mas não convém expor pontos de vista. 
Tem dias que tem inspiração, mas os assuntos não se encaixam com as frases que se montam na cabeça. 


Ficar procurando assuntos relevantes foi o que me fez desistir a princípio. O que seria relevante de fato? O clima, a cidade, as pessoas? Ou as leituras e percepções. Depende. 
De quem lê, quando e porque.  De quem escreve, porque e quando.

Volto a escrever, dessa vez pelo exercício puro da escrita e sem nenhuma preocupação em escolher ou não o melhor assunto. Volto porque sei que treinar a escrita é importante. Mas volto também porque não escrever deixa meu pensamento 'emaranhado'. 
Sobre o tempo, clima, sentimentos. Sobre o tudo ou o nada. Sobre o que sinto e não vejo. Sobre o que vejo e não sinto, só percebo. 

A retomada. Depois de quase um mês. 
O projeto de um post por dia não deu certo. Desisti, sem ao menos instistir. Não lamento. E volto ao treino de juntar palavras, na tentativa de que elas tenham algum significado real. Ainda que seja o significado de exercitar, e me aperfeiçoar.

 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Fuja do pensamento comum - Post 5 de 365

As vezes perder é ganhar. E as coisas não dariam certo se não tivessem antes dado errado. 
Já parou pra pensar nisso? Que sair do lugar comum pode nos levar mais longe do que seguir as regras. 'Se você obedece todas as regras acaba perdendo a diversão' já dizia Bob Marley.
A maioria das pessoas faz as coisas sempre do mesmo jeito e continuam reclamando por não obterem resultados diferentes. 

O livro 'Tudo que você pensa pense ao contrário' de Paul Arden, que ganhei de Natal do meu irmão, me despertou prum tipo de pensamento diferente.

Porque não ousar sem medo e arriscar a fazer o que outros não fizeram? Porque não confiar em nós mesmos se as coisas dependem de nossas atitudes? Porque continuar pensando e agindo como todos, seguindo o senso comum? Tem sentido seguir o fluxo até o fim, sem questionar, tentar, ousar?
 





 'Não existe um ponto de vista certo, existe um ponto de vista convencional' ... Eu concordo. Tudo depende do ângulo que a gente olha. E tudo que nós pensamos podemos pensar ao contrário, correndo os mesmos riscos, 50% de chances de erros e/ou acertos.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Clarice Lispector - Post 4 de 365


Tem escritores que demoramos pra conhecer, mas depois de ler uma vez nunca mais esquecemos. Assim aconteceu com relação a Clarice Lispector. 
Nunca li um livro dela, aliás até então nunca nem tinha tido acesso ou me interessado, apesar de amar suas frases e me identificar com frequência. 


 

'Obstinada eu rezo. Eu não tenho o poder, tenho a prece' é uma das que gosto demais. 

Poderia citar dezenas e vou sempre me buscando e encontrando no que ela já escreveu. Eis que dia desses vou por acaso na casa de uma amiga e vejo quase me chamando o livro: 'Um sopro de vida' de Clarice Lispector. 
Abri rapidamente em busca de alguma frase e foi bem depressa que encontrei (...) 'Inspiração não é loucura. É Deus. Meu problema é o medo de ficar louco. Tenho que me controlar.' (...)   vou uma página pra frente, com os olhos até brilhando pelo achado, e surge (...) 'O resultado disso tudo é que vou ter que criar um personagem - mais ou menos como fazem os novelistas, e através da criação dele para conhecer. Porque eu sozinho não consigo: a solidão, a mesma que existe em cada um, me faz inventar. e haverá outro modo de salvar-se? senão o de criar as próprias realidades?' (...)


Surtei. Profunda, autêntica, intensa. Densa, emoção, inspiração. Pra mim Clarice representa isso tudo e mais. Identificação, admiração. Definitivamente percebi que vale a pena ler qualquer coisa dela, porque no terceiro ou quarto parágrafo vou encontrar uma frase, uma palavra, uma linha que me descreva. A mim ou ao momento. 


Poderia extrair vários trechos me definindo e redefinindo pelas palavras dela. Mas vou aproveitar o tempo que faria isso pra ler o que ainda não li já que o livro, aquele que estava na casa da minha amiga, veio emprestado, junto com outro da escritora: 'A hora da estrela' . 
Vim embora feito criança que ganha um presente. Ansiosa pra ler e reler, entender. Mergulhar. 
Tem escritores que valem a pena. Ela com certeza é uma delas. Recomendo, de olhos fechados.   


E parafraseando-a encerro:
'Que a paz esteja entre nós, entre vós e entre mim'


Amém. 
.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Pequenos passos, a vida é feita deles - Post 3 de 365

O começo de tudo

Acordei pensando que o post de hoje teria que ser explicativo. Pra registrar o que pretendo e o porque dessas postagens numeradas e aparentemente sem sentido. 
A ideia é publicar uma informação por dia, sobre o que for, durante todos os dias de 2011. Depois de passar um ano apagando a luz no twitter, contando dia a dia, agora resolvi dar um passo além e ao invés de escrever em 140 caracteres uma mensagem por dia, resolvi escrever num espaço ilimitado seguindo a 'obrigação' de que seja todo dia. Uma forma de disciplinar e acima de tudo treinar o texto, que está sempre precisando ser aperfeiçoado.




Método Kaizen

Pensando nesse passo de 2010 pra 2011 lembrei de um livro que tenho e gosto muito. 'O método kaizen' - uma técnica japonesa utilizada para atingir o sucesso permanente por meio de pequenos e constantes passos. A filosofia foi introduzida no Japão para sua reconstrução após a guerra .


O método kaizen consiste em estabelecer metas pequenas e facilmente atingíveis, e a medida que essas pequenas metas forem alcançadas, por meio de pequenas mudanças de atitudes, está na hora de dar mais um passo, e assim sucessivamente, um de cada vez.

Pequenas perguntas, pequenas atitudes, pequenos passos = Grandes e sólidas mudanças. Essa é a proposta, atingir objetivos com pequenos passos.





Comecei com 140 caracteres no twitter em 2010,
uma postagem por dia no blog em 2011.
Em 2012 escrevo um jornal,
2013 uma revista,
2014 um livro.
Quem sabe. Tudo pode ser. Basta acreditar e se dedicar.
Projetos, ideias, atitudes. Sair do lugar comum.

Pequenos e contínuos passos. Grandes resultados. 




'Veja tudo. Passe por cima de muita coisa. Melhore um pouco' - Papa João XXIII


.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Natal em Campos do Jordão - Post 2 de 365

As festas de fim de ano se foram. Uma ansiedade nos toma no começo de dezembro quase como uma anestesia. E eis que no primeiro dia útil do ano caímos de paraquedas na vida real, com nome sobrenome e RG. Mais IPVA, matrícula na escola e material escolar. E as vezes isso tudo pode acontecer junto com mudanças. Meu momento. 

Praça de Abernéssia - Campos do Jordão
Falando em fim de ano associado a morar em cidade turística preciso dizer que a decoração de Natal de Campos do Jordão não ficou bonita, na minha opinião. Nem feia. Bem meio termo, e temo estar sendo delicada. Poxa, adoro o Papai Noel, mas não poderíamos ter colocado espalhados pela cidade? Não sei, haveria uma forma de parecer Natal em mais lugares? Um clima de Natal tomar conta da cidade? Algo mais envolvente? Não, não quero reclamar sem ter feito nada. Mas quero expressar que me indignou ler que foi a decoração mais bonita dos últimos tempos. Tá. Eu sei que é uma questão de opinião, e que fora a forma como eles foram dispostos eles são bem bonitos, exceto os pórticos que antecipam uma decoração de carnaval, bastando trocar o papai noel por um palhaço. Ah deixa pra lá. Só espero que nos próximos anos não se baseiem nessa como a melhor, e tentem se superar. Mas dessa vez de verdade. Um basta as promessas. Passou da hora de fomentar o Natal efetivamente como uma segunda temporada na cidade, é o que penso cá com meus botões.  

Enquanto isso...
 

Concurso de Presépios da Comunidade/ Convention Bureau 2010